No
Brasil, assim bem como em outros países, no segundo domingo do mês de Dezembro,
comemora-se o Dia da Bíblia. Não é objetivo deste, fazer nenhuma reflexão
histórica ou até mesmo teológica, mas, sim, uma reflexão social e,
principalmente, espiritual.
No
Salmo 119.11, o salmista diz que guardou a Palavra de Deus em seu coração, para
não pecar contra o Senhor. Este texto vem nos obrigar fazer uma reflexão séria
acerca da nossa postura enquanto observadores, ensinadores e pregadores da
Bíblia Sagrada.
Qual
tem sido a nossa postura enquanto alguém que se diz cristão ou até mesmo judeu,
as duas religiões que mais se utilizam desse livro para as suas práticas
religiosas, frente aquilo que o salmista diz no texto acima e poderíamos citar
outros tantos?
Sem
querer, e já fazendo, quaisquer juízos de valores, verificamos que muito falamos
sobre a Bíblia, principalmente nesse dia específico, mas pouco vivemos os seus
ensinamentos, mesmo dentro dos arraias eclesiásticos.
Dias
como o da Bíblia, penso que devam ser encarados como oportunidades para refletirmos
acerca da nossa postura frente aos seus ensinamentos e ordenanças, enquanto
alguém que diz ter a Bíblia como seu manual de “regra de fé e prática”.
Poderia
citar vários outros textos bíblicos, mas quero neste momento, refletir e levar
o amado leitor também a isto, somente o Salmo 119.11, fazendo o seguinte
questionamento: Será que temos guardado os ensinamentos bíblicos em nosso
coração, de fato?
Ora,
se temos como alguns ousam dizer que sim, por qual motivo vivenciamos crises
institucionais, eclesiásticas e até mesmo existenciais por parte de alguns que
dizem serem profundos conhecedores da Bíblia, e, também, por alguns que se
dizem cristãos ou judeus de fato?
A
verdade é que temos guardado os ensinamentos e ordenanças bíblicas em nossas
mentes (intelecto), mas não em nossos corações (fonte de vida). Daí a razão de
tantas crises por parte dos adeptos ao Livro Sagrado, já que os mesmos não
vivenciam de fato os seus ensinamentos e ordenanças, mas tão somente reproduzem
as suas letras, como sendo a Palavra de Deus, mas nunca ou quase nunca, tendo-as
guardado em seus respectivos corações, como algo que faz parte de suas vidas,
de fato.
Isso
faz com que o pecado impere e o Senhor se distancie, já que Ele não convive com
pecado, provocando um vazio real, mesmo que nos seus lábios sejam proferidas
palavras oriundas da Bíblia Sagrada.
“ESCONDI
A TUA PALAVRA NO MEU CORAÇÃO, PARA EU NÃO PECAR CONTRA TI”.
Salmo 119.11