sábado, 20 de fevereiro de 2016

A SOCIEDADE E O CRISTIANISMO



Vivemos em uma sociedade predominantemente cristã!

Mas, será mesmo que temos vivido de acordo com os preceitos do cristianismo autêntico?




Esse questionamento se faz necessário, tendo em vista as diferentes vertentes cristãs existentes em nossos dias. Pelo fato de termos uma divulgação bastante ativa do cristianismo em todos os meios de comunicação existentes, poderíamos acreditar que os ensinamentos do Senhor Jesus Cristo já estão impregnados naqueles que tem tido acesso a eles, de maneira bastante eficaz e, em algumas vezes, até mesmo invasiva, já que principalmente na mídia televisiva, nos horários nobres e nas madrugadas, temos uma enxurrada de programas cristãos, de diferentes vertentes denominacionais e doutrinárias, a ponto de ficarmos quase sem opção de entretenimentos.

Verificamos nos relatos bíblicos, que Jesus Cristo sempre esteve às voltas com pessoas de todos os níveis da sociedade de sua época. No seu “staff” tinha pessoas de todos os níveis sociais, pois O Mestre nunca discriminou a ninguém, por isso, alcançou a todos, independente do tipo de vida que cada um levava.  A partir então desse convívio não acusador, não discriminador, não perseguidor, não condenatório, e, muito menos odioso, Jesus conseguia ter todos juntos Dele podendo ajudá-los em amor, mediante as suas dificuldades e pecados, com autoridade de quem caminhava junto e vivenciava de perto, as suas dificuldades. Com essa postura, O Senhor conseguiu atender todas as pessoas, com exceção daqueles que queriam manipular a vida dos outros, através do poder, tanto religioso quanto político ou ambos.

Em nossos dias, a constatação de uma confusão da essência do cristianismo com aquilo que é pregado e vivenciado pelos cristãos, tem sido notória já que nós cristãos fazemos parte de uma sociedade, o que não poderia ser diferente, tendo esse convívio sido um desafio, tendo em vista ser essa mesma sociedade diversa e pulverizada, no que diz respeito à sua postura e maneira de pensar.

Como então, diante dessa constatação, seria possível um melhor relacionamento do real cristianismo com essa sociedade tão eclética na sua maneira de ser?

Penso que esta pergunta não seja difícil de ser respondida, mas, difícil é, o atendimento àquilo que se faz necessário para que esse convívio seja tão saudável e esperado por todos, ou seja, vivermos como cristãos de fato, seguindo o exemplo do Mestre, respeitando cada um a sua diferente maneira de viver e pensar, caminhando juntos e amando-nos uns aos outros, como Cristo amou e ama a Sua Igreja, não institucional, mas aquela que Ele morreu na cruz por ela, ressuscitou e vive ao seu lado ajudando-a por estar com ela em todos os momentos de sua vida, até a consumação dos séculos, como Ele mesmo disse nos Evangelhos.

sábado, 13 de fevereiro de 2016

PONTO DE FÉ!


A idolatria é uma coisa que o Senhor aborda de maneira acentuada, na Sua Palavra, já que o homem demonstra desde sempre ter uma tendência em levantar ídolos, como Ponto de Fé (referência) para o atendimento às suas demandas, junto ao Senhor.



Um dos pontos destacados na Reforma Protestante é a de que não precisamos de ídolos, já que a Bíblia condena essa prática. Os anos se passaram e as coisas continuam ainda confusas na cabeça de alguns, pelo fato do homem, ainda hoje, sentir a necessidade de um referencial para se aproximar do Deus Soberano e Eterno.

Nós, os evangélicos em especial, temos como regra de fé não fazermos uso de imagens de escultura para adoração, mas será mesmo que pelo fato de não possuirmos esses apetrechos não temos ídolos?

Segundo o dicionário Michaelis, ídolo é: “Estátua, figura ou imagem que representa uma divindade e que é o objeto de adoração; Objeto de grande amor ou de extraordinário respeito.”

Alguns dizem que não são idólatras pelo fato de não terem nenhuma imagem representando divindade alguma, por isso, não se encaixam dentro da categoria de idólatras. Mas será mesmo que isso é fato, já que o nosso comportamento muitas vezes tem sido, ainda que de maneira subliminar, contrário a essa afirmação?

Vamos então ao fato em questão, já que a criação de pontos de fé ou referenciais para adoração, tem se feito presentes em várias manifestações de cultos em diferentes momentos, nas Igrejas chamadas evangélicas. Sei que o amado leitor que pertence a alguma dessas Igrejas, deve estar se perguntando como isso pode estar ocorrendo, já que nas Igrejas Evangélicas não existem imagens de esculturas para serem referenciadas.

Abaixo, destacaremos duas, poderíamos citar tantas outras, das principais formas de manifestações idólatras que fazem parte da vida de alguns no exercício da sua vida cristã, no âmbito das Igrejas chamadas evangélicas:

TEMPLOS - Muitos têm o lugar de reunião como Ponto de Fé, quando consideram aquele lugar como referencial para que a sua voz seja ouvida pelo Senhor e a sua adoração seja real. A mulher de Samaria (Jo 4.20–24) teve essa dúvida e confrontou a Jesus perguntando qual o melhor lugar para adoração, já que muitos religiosos indicavam, a exemplo de hoje, lugares específicos para tal. O Senhor a respondeu que não importa o lugar, mas, sim, a postura, ou seja, "em espírito e em verdade". Só que a Igreja ensina isso, e ao mesmo tempo se porta de maneira diferente, quando a sua liderança leva os incautos e aqueles que fazem questão de ser, a terem uma postura de idolatria ao lugar de reunião, a ponto de dizer que se a pessoa sair daquele lugar de reunião, templo (igreja, rol de membros), não será mais abençoada ou até mesmo perderá a sua comunhão com o Senhor, pelo fato de somente ali Deus se manifestar ou se manifestar de maneira especial.

LIDERANÇAS – Existem pessoas que acham que Deus se manifesta somente através de alguns líderes, pois são levadas a isso por algumas lideranças, através de algumas pessoas específicas. A Igreja de Corinto teve esse problema, quando uns achavam que a manifestação do poder de Deus era mais notória através de Paulo e outros, através de Apolo (1 Co 1.11-13), quando foram exortados por aquele que ambos eram apenas ministros de Deus.

Não queremos com isto desprestigiar nenhum nem outro, Templos e Lideranças, mas levar o leitor atentar para a postura que alguns tem tido em relação a ambos, caracterizando-se como idolatria, já que há uma valorização exacerbada a ponto de acharem que sem eles, não há aproximação com o Criador.






sábado, 6 de fevereiro de 2016

O CARNAVAL E A RELIGIÃO



O Carnaval, é uma festa que arrebata multidões para as ruas, promove desfiles suntuosos, comilança, excessos em geral como: muita violência, liberalidade sexual etc.

Carnaval, provavelmente vem da palavra latina "carnelevarium" (eliminação da carne), tipicamente começa cedo no ano novo, geralmente no Epifânio (aparição ou manifestação divina), 6 de Janeiro, Dia de Reis, terminando em Fevereiro, na terça-feira da penitência, (tradição católica).


O Carnaval foi uma festa instituída para que as pessoas pudessem se esbaldar com comidas e festa antes que chegasse o momento de consagração e jejum que precede a Páscoa, a Quaresma, os 40 dias que vão desde a quarta-feira de cinzas, período em que começa a santificação com restrições e humilhações, até domingo de Páscoa, destinados pelos católicos e ortodoxos, à penitência como preparo; quarentena.


Feita essa introdução histórica, vamos agora abordar o sentido do Carnaval dado as Instituições Religiosas de nossos dias. Temos observado que as mesmas tem se perdido bastante quanto ao real sentido do Carnaval, até mesmo o Catolicismo que é o principal mentor dessa tradição.







O povo que se diz católico não tem atentado em praticamente nada, aos festejos carnavalescos e a sua importância no preparo espiritual, objetivando uma Páscoa saudável e cheia do seu real sentido. Na sua grande maioria, as pessoas tem se esbaldado em excesso, se esquecendo de que o Carnaval tem um sentido religioso, a ponto de não mais respeitarem nem o período para o mesmo, pois esse período tem se estendido por vários dias após a data prevista e instituída.
O povo chamado evangélico com o pretexto de não se contaminar com essa festa considerada pagã, tem durante esses dias de Carnaval se retirado, para aqueles que podem, ou se santificado de diferentes maneiras. Até aí tudo bem, mas a questão é o que tem sido feito durante esses dias de reclusão ou retiro espiritual por alguns grupos? Sem a intenção de emitir quaisquer juízos de valores, gostaria de convidar o amado leitor deste texto para uma reflexão, e até mesmo constatação da postura de alguns grupos que se retiram com o objetivo de não se contaminarem com essa festa considerada pagã. Não irei aqui relatar nenhum dos absurdos constatado por mim durante alguns retiros que participei e do que ouvi de algumas pessoas que se escandalizaram, ao participarem de alguns desses retiros.
Hoje vivemos em um mundo cristão que as pessoas acham que não tem nada a ver determinadas coisas realizadas por aqueles que assim se denominam. As pessoas acham que pelo simples fato de alguns pecarem em determinadas áreas, que não podem de maneira alguma, as ajudarem naquilo que estão fazendo de maneira equivocada. Nós, cristãos, somos capacitados pelo Senhor, para exortarmos uns aos outros, mesmo tendo a nossa limitação espiritual, pois todos nós a temos em alguma área, para que o nosso próximo esteja sempre enxergando os seus equívocos e fuja deles sempre. Se assim não fosse, como iríamos poder nos ajudar, se a própria Bíblia nos diz que todos nós pecamos? (Romanos 3.23).
Ora amados, com o pretexto de ganhar as pessoas do mundo, alguns tem se permitido corromper durante o Carnaval, se envolvendo diretamente nessa festa que biblicamente falando, não tem nenhuma razão de ser. Alguns formam e participam de blocos carnavalescos, se fantasiam, participam de escolas de samba, e, em alguns retiros espirituais, fazem até concurso de fantasias. Isso tudo com o pretexto de ser “gospel” e que não tem nada a ver, pois o objetivo é “evangelizar”. Muito triste isso!
Fica aí para a reflexão do leitor, o acima.
Como já dissemos anteriormente, sem a pretensão de emitir juízo de valor, mas para que aja uma reflexão acerca da postura tida por algumas pessoas ou grupos durante essa festa mundana e pagã, chamada de Carnaval.
Se queremos de fato participar da Nova Jerusalém, temos que atentar para o que a Bíblia nos diz:

"E não entrará nela coisa alguma que contamine e cometa abominação e mentira, mas só os que estão inscritos no livro da vida do Cordeiro".
Apolipse 21.27

Se somos da Luz e salvos, atentemos também para o que nos diz a seguinte passagem bíblica:

"Porque, noutro tempo, éreis trevas, mas, agora, sois luz no Senhor; andai como filhos da luz ((porque o fruto do Espírito está em toda bondade, e justiça, e verdade), aprovando o que é agradável ao Senhor. E não comuniqueis com as obras infrutuosas das trevas, mas, antes, condenai-as".
Efésios 5.8-11



quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

AMIZADE!


O termo AMIGO é forte, tendo em vista a importância do que representa.

Sabemos muito bem que o próprio Deus sempre o valorizou a ponto de se relacionar com aqueles mais próximos como amigo, a exemplo de Abraão (Isaías 41.8), Moisés (Êxodo 33.11) e outros.

Acho interessante o sentido que é dado à palavra amizade, no dicionário Aurélio:

Sentimento fiel de afeição, simpatia, estima ou ternura entre pessoas que geralmente não são ligadas por laços de família ou por atração sexual”.

É notório que em nossos dias, infelizmente, amizade de fato é coisa rara, tendo em vista o nível de desconfiança entre as pessoas, estar muito apurado. Isso se dá pelo fato de muitos já terem se decepcionado ao se entregarem em um relacionamento, crendo que estava diante de algo muito sincero, e, logo depois, sofrer desilusão atroz.

Vimos no ministério do próprio Jesus, Pedro se declarando alguém que estava pronto para dar a vida pelo Mestre se necessário fosse, seguindo-O em quaisquer circunstâncias (Mateus 26.31-35), mas quando realmente o Mestre precisou dele, o mesmo o negou três vezes, conforme Jesus já havia previsto (Mateus 26.69-75).

Existem dois termos que é bom os destacarmos aqui, que muito se confundem com o nosso termo em questão: Companheiros e Colegas.

COMPANHEIROS – são aqueles que têm uma caminhada muito curta com alguém, tendo em vista os mesmos estarem em busca de um objetivo específico e comum. Por exemplo: Grevistas;

COLEGAS - são aqueles que têm uma caminhada mais duradoura, já que se relacionam por um período, ainda que indeterminado, mas vulnerável, já que o objetivo desse relacionamento é claro. Quando esse objetivo é alcançado, a tendência é que não aja mais comunhão entre as partes. Por exemplo: Alunos de uma mesma instituição de ensino.

É óbvio que um companheiro ou um colega, podem se tornar amigos. Aliás, geralmente é de uma dessas duas relações que costumam ser geradas amizades de fato.

Ser fiel, terno e simpático, e, também encontrar isso em outra pessoa, penso que seja muito difícil, mas é possível. A expressão de amizade exige que se tenham essas três características para que aja de fato, um comprometimento recíproco e verdadeiro.

Sei que olhando para esses pormenores em relação ao fator amizade, você deve estar pensando que é muito difícil ter ou ser amigo de alguém! Essa dificuldade se dá, quando esperamos uma reciprocidade em nossos sentimentos, o que possibilita que tenhamos decepções e soframos com elas. A amizade autêntica não deve esperar retribuições, reconhecimentos, reciprocidades.  Imagine se Deus somente se portasse como nosso amigo, se reconhecêssemos Nele, em todo tempo, alguém que zela por nós e nos dá mais do que merecemos?

É isso aí! Não quero com esse texto fazer-lhes sofrer em relação as suas amizades ou prováveis amizades, mas o intuito é justamente levar cada um refletir acerca de sua postura em relação ao outro e também do outro em relação a cada um, no sentido de saber se está havendo de fato, uma relação de amizade ou não. Chamar alguém de amigo ou dizer que é amigo de alguém deve ser algo muito repensado, já que a essência de uma amizade está no comprometimento para com o outro, sem esperar nada em troca.