sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

APROPRIAÇÃO INDÉBITA





         Segundo a Wikipédia: “apropriação indébita é o crime previsto no artigo 168 do Código Penal brasileiro. É a posse legítima de coisa alheia móvel, porém vindo o agente a se comportar como dono da coisa. Essa inversão pode ser: Pela retenção: o agente demonstra o ânimo de não devolver; Pela disposição da coisa: Através do consumo próprio indevido; tem certa semelhança com o furto, porém o agente já possui a posse da coisa, não precisando subtraí-la.”
 
          Uma certa vez, quando de uma discursão acerca do patrimônio de uma determinada Igreja, presenciei um obreiro apontando para os membros da Igreja em que ele presidia, e dizer: “Aqui está o meu patrimônio!” Infelizmente existem alguns que pensam exatamente assim, esse referido obreiro não é o único, e, porque não dizer, não fica dentro de um grupo chamado a minoria.

Muitas vezes temos a pretensão de achar que tudo o que fazemos na obra de Deus é por nossa tremenda capacidade de aglutinar, convencer, liderar, enfim, acharmos que podemos alguma coisa por sermos muito simpáticos, empáticos... E, também, acharmos que algumas vezes não realizamos porque em determinado momento, nos portamos de maneira antipática ou não somos atraentes o suficiente. Então neste caso, procuramos melhorar a nossa postura pessoal, para alcançarmos o nosso objetivo, ou seja, conseguirmos atrair mais pessoas para o nosso aprisco, tendo como principal estratégia, a nossa capacidade de realizarmos.

          É inaceitável a postura de obreiros que se sentem donos de vidas, sem terem pago nenhum centavo por elas, ou até mesmo terem derramado uma única gota de sangue se quer. É imprecionante constatar que alguns batem no peito, a exemplo do acima citado, para dizer que tudo o que eles conquistaram, foram eles quem conquistaram. Que absurdo! Que bobagem! Lamentável!
 
          Em Lucas 2.49, Jesus diz que está tratando dos negócios do Pai. Em Jo 5.30, Ele diz que não pode fazer coisa alguma de Si mesmo, por não buscar a Sua vontade, mas a vontade do Pai que o enviou. Que exemplo! Porque então alguns insistem ensoberbecendo-se, em achar ou até mesmo dizer, que a Igreja é sua, agindo como tal? O próprio Jesus em Mt 11.29, nos ensina a que aprendamos Dele que é manso e humilde de coração. Jesus tinha plena convicção de que não estava aqui para tratar de assuntos pessoais e, sim, cuidar das coisas que o próprio Deus havia-Lhe ordenado. Como em tudo Ele  procurou agradar o Pai, fez tudo conforme a Sua vontade, alcançando vitória plena em Seu ministério, como Ele mesmo relata em Ap 3.21: “Ao que vencer, lhe concederei que se assente comigo no meu trono, assim como eu venci e me assentei com meu Pai no Seu trono”.

Jesus ordenou a Pedro que apascentasse as Suas ovelhas (Jo 21.17), e não as de Pedro. Para que Jesus outorgasse a Pedro o privilégio de cuidar de Suas ovelhas, Jesus exigiu somente uma coisa: amor a Deus.

Infelizmente alguns insistem em cometer o crime acima relatado, apropriação indébita, justamente por não terem este requisito primordial na vida de um obreiro, ou seja, amor a Deus, compreendendo que tudo vem Dele e, é para Ele.

Não nos enganemos, o Senhor é justo juíz, Ele em Ez 34.1-16, relata o juízo a ser imposto aos obreiros que obram segundo a sua própria vontade, e não, segundo a vontade de Deus.