Segundo a
Wikipédia: “apropriação indébita é o crime previsto no artigo 168 do Código Penal brasileiro. É a posse legítima de coisa alheia móvel, porém vindo o agente a se
comportar como dono da coisa. Essa inversão pode ser: Pela retenção: o
agente demonstra o ânimo de não devolver; Pela disposição da coisa:
Através do consumo próprio indevido; tem certa semelhança com o furto, porém o agente já possui a posse da coisa,
não precisando subtraí-la.”
Uma
certa vez, quando de uma discursão acerca do patrimônio de uma determinada
Igreja, presenciei um obreiro apontando para os membros da Igreja em que ele
presidia, e dizer: “Aqui está o meu patrimônio!” Infelizmente existem
alguns que pensam exatamente assim, esse referido obreiro não é o único, e,
porque não dizer, não fica dentro de um grupo chamado a minoria.
Muitas vezes temos a pretensão de achar que tudo o que
fazemos na obra de Deus é por nossa tremenda capacidade de aglutinar,
convencer, liderar, enfim, acharmos que podemos alguma coisa por sermos muito
simpáticos, empáticos... E, também, acharmos que algumas vezes não realizamos
porque em determinado momento, nos portamos de maneira antipática ou não somos
atraentes o suficiente. Então neste caso, procuramos melhorar a nossa postura
pessoal, para alcançarmos o nosso objetivo, ou seja, conseguirmos atrair mais
pessoas para o nosso aprisco, tendo como principal estratégia, a nossa
capacidade de realizarmos.
É
inaceitável a postura de obreiros que se sentem donos de vidas, sem terem pago
nenhum centavo por elas, ou até mesmo terem derramado uma única gota de sangue
se quer. É imprecionante constatar que alguns batem no peito, a exemplo do
acima citado, para dizer que tudo o que eles conquistaram, foram eles quem
conquistaram. Que absurdo! Que bobagem! Lamentável!
Em Lucas
2.49, Jesus diz que está tratando dos negócios do Pai. Em Jo 5.30, Ele diz que
não pode fazer coisa alguma de Si mesmo, por não buscar a Sua vontade, mas a
vontade do Pai que o enviou. Que exemplo! Porque então alguns insistem
ensoberbecendo-se, em achar ou até mesmo dizer, que a Igreja é sua, agindo como
tal? O próprio Jesus em Mt 11.29, nos ensina a que aprendamos Dele que é manso
e humilde de coração. Jesus tinha plena convicção de que não estava aqui para
tratar de assuntos pessoais e, sim, cuidar das coisas que o próprio Deus
havia-Lhe ordenado. Como em tudo Ele procurou agradar o Pai, fez tudo
conforme a Sua vontade, alcançando vitória plena em Seu ministério, como Ele
mesmo relata em Ap 3.21: “Ao que vencer, lhe concederei que se assente comigo
no meu trono, assim como eu venci e me assentei com meu Pai no Seu trono”.
Jesus ordenou a Pedro que apascentasse as Suas ovelhas
(Jo 21.17), e não as de Pedro. Para que Jesus outorgasse a Pedro o privilégio
de cuidar de Suas ovelhas, Jesus exigiu somente uma coisa: amor a Deus.
Infelizmente alguns insistem em cometer o crime acima
relatado, apropriação indébita, justamente por não terem este requisito
primordial na vida de um obreiro, ou seja, amor a Deus, compreendendo que tudo
vem Dele e, é para Ele.
Não nos enganemos, o Senhor é justo juíz, Ele em Ez
34.1-16, relata o juízo a ser imposto aos obreiros que obram segundo a sua
própria vontade, e não, segundo a vontade de Deus.
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