No
Domingo próximo passado os cristãos, especificamente os católicos, comemoraram
o “Domingo de Ramos”. Essa data traz à memória o evento cristão de quando Jesus
Cristo foi ovacionado ao entrar em Jerusalém, a Cidade Santa, conforme nos
relatam os Evangelhos Sinópticos.
Naquela
ocasião, o povo estava muito feliz pelo fato do Senhor dos Senhores e Rei dos
Reis, Jesus, está entrando na Cidade Santa. O fato curioso e intrigante é que
dias após, esse mesmo povo quando do julgamento de Jesus pelos romanos e
religiosos da época, escolhia o ladrão Barrabás que era um condenado, para ser
libertado e concordava que Jesus, aquele ovacionado dias antes, ao som de
CRUCIFICA-O!, CRUCIFICA-O!, CRUCIFICA-O!,
fosse conduzido à cruz para morrer como um malfeitor.
Será
que se fosse nos dias de hoje, como povo, agiríamos de maneira diferente do
povo daquela época? Penso, após algumas ponderações que não, já que temos visto
em todos os segmentos da sociedade que as pessoas que são bem tratadas e tem as
suas necessidades atendidas por alguns, serem no futuro, quando tem a
oportunidade de enaltecer ou estender as mãos para aquele que no passado as
ajudaram, retribuindo; ingratos, viram as costas para esses e até mesmo os acusam
ou apoiam acusações caluniosas, provenientes de terceiros.
HOSANA!, HOSANA!, HOSANA!,
foi o mesmo povo que gritou
CRUCIFICA-O!, CRUCIFICA-O!, CRUCIFICA-O!,
por isso é bom que os bajulados de
plantão não contem com os bajuladores, já que os mesmos que hoje os adulam,
poderão ser os mesmos que amanhã os acusarão. Lamentavelmente, isso é bem mais
comum que possamos imaginar, já que a corrupção parte sempre daqueles que dela se
prejudicam, para ter uma vida arregalada e satisfeita, mesmo momentânea, com
comportamentos inadequados, objetivando tão somente os seus próprios interesses
em detrimento do interesse da coletividade, principalmente da coletividade
menos favorecida.
Bom
é que temos a Páscoa para refletirmos acerca de nossa postura enquanto
cristãos, mesmo esta sendo judaica, nos possibilitando obter na borda dos nossos
corações a marca de Cristo, para que quando o anjo da morte passar, não nos
atinja nos tornando separados de Deus, mas imunes.
A
proximidade com as questões essenciais da Páscoa nos possibilita não somente
gritarmos HOSANA!, HOSANA!, HOSANA!,
mas, também, e, principalmente,
MARANATA!,
MARANATA! MARANATA!
Nos preparando para o Grande Dia do Senhor, que pode ser a
qualquer momento, quando os hipócritas e os sinceros serão revelados, em
definitivo.
ALELUIA!
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