A
Reforma Protestante se deu em 1517, neste ano portanto, completando 500 anos, quando Martinho Lutero, monge agostiniano,
contrariou os ensinamentos da Igreja e foi por isso excomungado. Tendo também sido
condenado pelo próprio imperador, como fora da lei.
Uma
das principais razões da excomunhão e condenação de Martinho Lutero, foi por
ele estar ameaçando não pura e simplesmente a doutrina da Igreja, mas,
principalmente, o lucro obtido por esta com as negociatas em nome da fé. A
venda de indulgências, ou seja, o pagamento feito à Igreja pelo povo para que
os seus pecados fossem perdoados por Deus e a sua salvação fosse garantida em
função desse pagamento, proporcionava muito lucro para aqueles que estavam à
frente dessas cobranças em nome da fé.
Não
quero aqui fazer um longo comentário sobre a Reforma de Lutero, mas sim, traçar
um breve paralelo com os nossos dias levando o leitor deste texto a refletir
acerca de como as coisas estão sendo feitas hoje, em nossas instituições
religiosas, e juntos questionarmos se há ou não em nossos dias, a necessidade
de uma nova Reforma.
Sem citar quaisquer denominações eclesiásticas e muito menos lideranças, até mesmo para não cometer
o equívoco do esquecimento de algumas, temos tido em nossos dias aberrações em
nome da Palavra de Deus e da fé cristã, que tem propiciado uma bagunça geral na
concepção clara e pura, do real cristianismo. A fé do povo tem sido manipulada
por algumas lideranças e instituições eclesiásticas a todo instante, a ponto de
muitos estarem presos a conceitos, doutrinas e práticas antibíblicas que permeiam nos
arraiais eclesiásticos, afastando o Cristo da Igreja, propiciando então, um
esvaziamento da presença do Senhor na vida das pessoas, quando o contrário
deveria ser feito.
O
conhecimento da verdade que liberta não somente de uma vida de pecado, e também,
para uma aproximação maior com Deus, nos tornando livres do jugo da servidão,
conforme o próprio Cristo disse segundo o Evangelho de João 8.32:
“Conhecereis
a verdade, e a verdade vos libertará”,
e o Apóstolo Paulo em Gálatas 5.1:
“Estai,
pois, firmes na liberdade com que Cristo no libertou e não torneis a meter-vos
debaixo do jugo da servidão.”,
se faz necessário para que a nossa intimidade com
Deus longe da influência maligna de algumas lideranças e algumas instituições
eclesiásticas, seja real e possamos desfrutar de uma certeza clara e real da
presença do Senhor em nossa vida.
É
óbvio que em todas as instituições, sejam eclesiásticas ou não, algumas regras
de convivência sempre existem, mas quando essas regras impedem os seus membros
a serem livres para até mesmo aceita-las ou não, isso passa ser um fardo muito
pesado, impossibilitando os seus membros de carrega-lo. O próprio Jesus em
Mateus 11.30, diz:
“Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve.”
Lendo
o texto acima e comparando com algumas regras de algumas instituições eclesiásticas e de suas respectivas lideranças, a impressão é que as mesmas não pertencem ao
Senhor, mesmo dizendo-se em nome do Mesmo. O jugo e o fardo impostos aos seus
componentes muitas vezes são opressores e pesados, com o intuito de escravizar
as pessoas às suas normas e doutrinas eclesiásticas doentias e biblicamente infundadas.
Não
quero com este texto desanimar o amado leitor no pertencimento a uma
organização eclesiástica, mas leva-lo a uma reflexão séria dos benefícios ou
não desse pertencimento, instigando-o em uma ponderação acerca das normas que
envolvem essa instituição, se as mesmas têm afastado ou aproximado os seus
membros da Palavra e do Senhor dela.
Com
base no acima, a pergunta que faço ao amado leitor é a seguinte:
PRECISAMOS
DE UMA NOVA REFORMA?