ANSIEDADE

            A ANSIDEDADE, segundo o dicionário Aurélio Buarque de Holanda, é estado afetivo caracterizado por um sentimento de insegurança, podendo causar disforia, que vem a ser perturbação mórbida ou mal-estar.

            Segundo a psicologia freudiana, nós temos uma espécie de sistema de alarme que nos previne do perigo quando certas ideias estão a ponto de alcançar expressão consciente. Chamando então isso de ANSIEDADE. A ANSIEDADE envolve uma tensão que leva a perturbações fisiológicas e a sentimentos de medo e inadequação.

            Dentre os três tipos de ANSIEDADES apresentadas pela psicologia freudiana; moral, real e neurótica, esta última é a mais levada em consideração na Bíblia. A ANSIEDADE neurótica é a sensação de perigo que decorre dos instintos que procuram expressar-se. É um medo provocado pela possibilidade dos nossos mecanismos de defesa não serem suficientes para nos livrar de alguma situação de perigo ou desconfortável.

            A ANSIEDADE neurótica pode nos paralisar, se não dermos uma atenção muito de perto às suas causas, procurando uma vez trazido à consciência, combatermos de maneira racional e séria, todas as suas ofensivas.

            Deus, na total soberania e conhecimento da Sua criação, nos alerta da necessidade de buscarmos socorro Nele, para que o resultado da nossa luta contra a ANSIEDADE, seja a nossa vitória. Por outro lado, Ele nos mostra que por nós mesmos não conseguiremos vencê-la, tendo que buscar refúgio e socorro Nele, pois somente Ele pode nos dar toda a ferramenta e condições necessárias para o combate e vitória nessa “guerra”.  

            O exercício de vivermos na dependência do Senhor para tudo é um exercício muito saudável, pois nos faz aprendermos descansar Nele, e vivermos de acordo com aquilo que Ele mesmo prover nos proporcionando vida em abundância, conforme o próprio Jesus nos prometeu em João 10.10: 

“... eu vim para que tenham vida e a tenham com abundância.”

            O termo ANSIEDADE, que se expressa como cuidado e preocupação   nos originais bíblicos, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, entende a reação natural do homem diante da pobreza, fome e outros problemas que lhe sobrevêm no decurso da sua vida diária. O homem, oprimido pelos fardos que são colocados sobre ele, se imagina entregue a uma sina diante da qual fica desamparado. Através dos seus cuidados, o homem procura se proteger da melhor forma possível daquilo com que se confronta.  

            A questão principal é justamente o fato daquele que diz confiar e servir ao Senhor, ter uma postura ansiosa diante das dificuldades inerentes a vida, sem conseguir descansar Naquele que é o dono da vida e o Único que pode prover todas as necessidades da Sua criação.

            Fácil não é, mas se faz necessário que consigamos realmente aprender a viver na dependência de Deus, e isso não significa que não mais trabalhemos ou lutemos, mas tudo o que fizermos a partir desse aprendizado, deva estar sob a Sua Potente Mão e seja para a Sua honra e glória, conforme nos ensina o escritor aos Coríntios:

“Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para a glória de Deus.” (1 Co 10.31).

Quando nos portamos dessa maneira, o Senhor passa a cuidar de nós de maneira especial, a ponto de nada do que realmente precisamos, nos faltar.

A questão é que na maioria das vezes, achamos que podemos conseguir com os nossos próprios esforços superar as dificuldades da vida, deixando de buscar em Deus orientações para enfrentá-las, alcançando a vitória.  Ledo engano, já que não conseguimos fazer nada se Nele não estivermos, conforme o Senhor nos diz em João 15.4:

“Estai em mim, e eu, em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em mim.”

Amados não nos preocupemos, pois apesar de não ser fácil, é possível vivermos sob a dependência de Deus e alcançarmos o conforto e consolo em meio as tribulações que a vida nos proporciona. É um exercício que temos que fazer constantemente, para que as vitórias sejam factuais. Aprendamos de vez a seguir as orientações do Senhor, conforme o apóstolo Pedro nos ensinou:

“Humilhai-vos, pois, debaixo da potente mão de Deus, para que, a seu tempo, vos exalte. Lançando sobre ele toda a vossa ANSIEDADE, porque Ele tem cuidado de vós.” 

I Pe 5.6 e 7

Não nos preocupemos, pois, o Senhor tem e quer continuar cuidando de nós, basta tão somente confiarmos e aprendermos a esperar Nele, conforme o homem segundo o coração de Deus, fazia:

“Confia no Senhor e faze o bem; habitarás na terra e, verdadeiramente, será alimentado. Deleita-te também no senhor, e ele te concederá o que deseja o teu coração. Entrega o teu caminho ao Senhor; confia nele, e ele tudo fará.” Salmo 37.3 – 5.

FÁCIL NÃO É, MAS SE FAZ NECESSÁRIO PARA ALCANÇARMOS A VITÓRIA QUE TANTO NECESSITAMOS E TERMOS PAZ!

Referências bibliográficas:

- Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.1995.

- Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento. Vida Nova. 1984.

- Dicionário de Psicologia Prática. Vol I. Honor Editorial Ltda. São Paulo. 

- Novo Dicionário da Língua Portuguesa - Aurélio Buarque de Holanda. 1ª ed. Editora Nova Fronteira. 1ª ed.